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O último balanço da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, sobre a safra 23/24 de grãos, confirma que houve quebra. Ela chegou a 298 milhões de toneladas, 21 milhões a menos que no ciclo 22/23. Isso mesmo com um pequeno crescimento da área plantada, para praticamente 80 milhões de hectares. O problema foi o clima, principalmente a falta de chuva e o calor em áreas como Centro-Oeste, Matopiba, São Paulo e Paraná, que derrubaram o rendimento das lavouras, assim como o excesso de chuva no Rio Grande do Sul.
O preço da mandioca voltou a subir nos últimos dias. O movimento está diretamente ligado ao tempo seco, que dificulta os trabalhos de campo. Sem falar na postura firme do produtor rural na hora de negociar e na demanda aquecida. Dados do Cepea indicam que o valor médio da tonelada da mandioca aumentou quatro por cento, em apenas uma semana, para quase 560 reais. Nos últimos quatro meses, as cotações avançaram 37 por cento.
Outro produto valorizado é o milho. Do começo do mês pra cá, o avanço chega a quase cinco por cento, o que faz a saca ser vendida a 63 reais, na média. A demanda está aquecida, com muito comprador, no mercado interno, interessado em repor estoques ou escapar de novos aumentos no futuro, já que está todo mundo preocupado com o clima. Enquanto a demanda externa também ganha força. Tanto que o volume exportado em agosto praticamente dobrou, na comparação com julho, e passou de seis milhões de toneladas.
Fonte: Agência Rádio 2
